24 de abril de 2010

Eu já te disse que te amo?

Por que a gente tem tanta dificuldade em expressar nossos sentimentos? Os bons né? Porque quando a ira sobe, seja no trânsito, em casa, onde quer que estejamos somos rápidos em esbravejar e colocar para fora tudo que vem à mente.
Mas na hora de dizer “eu te amo”, “bom dia”, de dar um sorriso de fazer um elogio a gente dá aquela travada, pensa duas, três vezes e quando se dá conta já passou a oportunidade. O medo de não sermos correspondidos, de sermos mal interpretados, de não sermos aceitos se sobrepõe ao nosso impulso natural de sermos afetuosos e gentis.
Mas gente, chega né? Chega de ficar ponderando, calculando as conseqüências para daqui a dez anos, chega de ficar se perguntando pra quê, de ficar com medo do que as pessoas vão achar.
Enquanto estamos pensando de um lado “fulano é tão maravilhoso, eu o amo tanto, sou tão grata por ter me ajudado, ele é tão querido!Mas não vou dizer isso a ele não...sei lá!ele vai ficar se achando demais,ou vai que ele pensa que eu tô bajulando,ou que estou com segundas intenções...” do outro alguém diz “acho que fulana não gosta muito de mim, faço tanto pelos outros mas ninguém reconhece, eu devo ser muito chato, deve ser por isso que ninguém me ama”.
Olha quanta bobagem povoando a nossa mente, roubando preciosas e talvez únicas oportunidades demonstrar carinho. Está receoso de ser mal interpretado? Então seja claro, não fique com meias palavras, mas corra o risco. Seja livre hoje para dizer para sua mãe, seu pai, sua mulher, seu marido, filhos, amigos o quanto você os ama e quão importantes eles são para você. Seja livre para sorrir para um desafeto, para desejar um bom dia para um estranho, para acariciar e beijar um ente querido.
Agora você já sabe...se um dia eu te encontrar, olhar em seus olhos e te der um abraço, falar das suas qualidades,ou disser que eu te amo,que estou com saudades não vai achar que eu tô te cantando ou que tenho algum interesse. É só demonstração gratuita o de carinho.E se alguém me ama faça o faça o favor de me contar, tá? Prometo não ficar vaidosa,nem achar que estou sendo pedida em casamento.Você já está achando que eu sou louca né? Mas louco é quem se priva de ser feliz, quem se reprime, quem não se expressa, quem não divide com os outros o que tem de melhor.
O amor é uma semente e aquilo que plantarmos certamente colheremos. Gosta de se sentir querido? Quer receber carinho, sorrisos, abraços e beijos? Então comece a plantar e não se dê por vencido quando receber em troca um olhar desconfiado ou uma palavra ríspida. As pessoas não estão acostumadas com isso. Muitas só conheceram a rejeição,a agressão,a frieza,e a estupidez desde que nasceram. Elas vão achar a princípio que você é dissimulado, interesseiro ou que você tem algum problema mental(rsrsrs). Mas alguém me disse uma vez que ninguém resiste a ser amado e a própria Palavra nos ensina que o amor nunca falha (I Coríntios 13). Por isso insista, reme contra a maré, plante. Mesmo o coração mais endurecido pela vida uma dia vai se desmanchar.
Ainda tá achando difícil? Então é hora de pedir a ajuda daquele que entende de tudo de amor.
Jesus, eu te amo porque você me amou primeiro, e te agradeço porque o teu amor me curou de todo complexo, de toda rejeição, de toda mágoa, do medo e me fez livre para demonstrar e declarar o meu amor a qualquer pessoa.É verdade que não é fácil,que é um caminho solitário muitas vezes mas sem dúvida é também o caminho mais excelente! Quero amar desinteressadamente e quero que as pessoas saibam que eu as amo.Quero ir na contra-mão. Não importa. Se você está comigo, somos a maioria.

14 de abril de 2010

Brian, ex-guitarrista do Korn

Eu sei que parece piegas, mas eu ainda acredito que o amor de Deus muda qualquer circunstância.
As pessoas só precisam saber que a despeito de tudo que elas fazem, de tudo que os outros dizem que elas são e tudo que elas acham que são, Deus as ama.
Essa verdade precisa ser proclamada aos quatro cantos da Terra!Foi para isso que eu nasci.

10 de abril de 2010

Amor próprio faz bem

O que é mais difícil:amar a si mesmo ou ao próximo? Não é uma pergunta fácil de responder. É difícil amar verdadeiramente os outros sejam eles pessoas próximas ou não. Estamos sempre escorregando, falhando, perdoando e sendo perdoados e nisso consiste os relacionamentos. Assim vamos crescendo e aprendendo.
Mas já notou como somos às vezes tão duros conosco mesmos? Eu pelo menos tenho me sentido assim. Percebi a necessidade de me amar mais, me perdoar, ser mais generosa comigo mesma, ser mais paciente. Faço isso com os outros por que não fazê-lo comigo?
Jesus me lembrou o valor que eu tenho e o que sou para Ele. Uma pessoa muito importante, o clímax da criação, imagem e semelhança de Deus, alvo de todo Seu afeto.
Quando Ele estava na cruz pensou em mim. Fica diferente quando pensamos assim. Foi pela humanidade, mas foi por mim. Ele pensou em mim, Ele me viu, e não desistiu. Se fosse outra pessoa pensaria que não valeria a pena, afinal quem sou eu? O que eu tenho? Como poderia pagar?
Numa sociedade onde tudo tem seu preço, onde as pessoas são avaliadas pelo que elas produzem, onde elas valem o quanto tem, ele me amou pelo que eu sou: uma vida.
Você pode estar se olhando no espelho e vendo uma pessoa sem nenhum valor, insignificante. Mãos vazias, coração ferido, sem amor próprio... Isso pode estar acontecendo porque você está se olhando como as pessoas (algumas) te vêem.
Mas Jesus te ama do jeito que você é, e você precisa se amar também até para poder amar os outros, porque a gente só dá o que a gente tem.
Você não é um acidente, um aborto malsucedido, um erro. Foi o próprio Deus quem te formou no ventre da sua mãe. Ele te deu a vida e desejou que você viesse ao mundo não apenas para sobreviver, mas para viver abundantemente tudo aquilo que Ele sonhou para você. Há um propósito para você estar vivo e estar lendo essas palavras.
O seu valor é imensurável! Não importa o quanto você já errou, se todos viraram as costas para você, se as pessoas que você mais amava te rejeitaram, se teu passado te condena. O olhar de Jesus para você é o mesmo, você é para Ele o que sempre foi: a coroa da criação, Sua obra-prima, uma vida pela qual Ele se entregou.
Ame-se, perdoe-se, permita-se ser amado, curado e restaurado pela pessoa mais poderosa do universo, aquele que verdadeira e infalivelmente te ama.

9 de abril de 2010

Como vasos nas mãos do oleiro

Certa vez eu tive a oportunidade de ver um vaso sendo confeccionado por um artesão. Achei tão lindo, tão interessante e acreditem, é muito mais trabalhoso do que parece. São muitas etapas... Primeiro, o oleiro separa o barro. Na verdade ainda é uma lama feia, cheia de impurezas e que geralmente cheira mal. À primeira vista ninguém imagina que daquilo pode se fazer algo útil e bonito. A seguir ele começa a amassar a lama para eliminar as bolhinhas de ar. Elas parecem inofensivas, mas se ignoradas, farão o vaso rachar quando for ao forno e todo trabalho terá sido em vão. Enquanto amassa, ele remove pacientemente todas as pedrinhas que tanto comprometem a qualidade e a beleza do vaso. Amassa daqui, amassa dali, a gente começa a ficar impaciente e ansioso... Não dá pra ser mais rápido?
O oleiro nem se incomoda com os olhares ansiosos. Ele domina muito bem o seu trabalho. O barro é então colocado no centro da roda, onde ele começa a dar forma ao que era apenas um monte de lama.
Finalmente, chega a etapa final quando o vaso é levado ao forno. Hora de ser provada a sua resistência antes de ser considerado pronto para o uso.
Qualquer semelhança não é mera coincidência, não é por acaso que Deus disse que somos para Ele como barro nas mãos do oleiro (Jeremias 18:6). Estávamos desprezados, sujos, sem nenhuma beleza quando ele nos escolheu. Muitos eram considerados casos perdidos! Mas mesmo assim ele começou a sua boa obra eliminando as bolhinhas do orgulho, do egoísmo, da vaidade, da culpa, as falhas de caráter; removendo as pedrinhas dos vícios, das feridas, das mágoas. Aquilo que estava escondido vem à tona para que possa ser tratado. O processo é dolorido, é desconfortável. Nos debatemos, saímos do centro da sua vontade... Pacientemente ele nos resgata e começa tudo de novo.
Passada essa etapa a aparência já é outra, já estamos mais lisinhos, a mudança é perceptível. Aqueles que não acreditavam já começam a nos perceber e a nos ver com outros olhos. Já estamos nos sentindo mais leves, mais bonitos, já sorrimos, as pedrinhas não nos incomodam mais. Quando tudo vai ficando calmo, quando a roda para, nos resta a prova final: o fogo. Só mais um pouquinho e o vaso estará pronto para ser usado. Por fim, o oleiro olha para a sua obra e fica satisfeito. Valeu a pena todo aquele trabalho, valeu a pena ter sujado as mãos, ter recomeçado algumas vezes. Ele foi o único que acreditou desde o começo que aquela lama suja se tornaria um lindo vaso.
Eu não sei se você ainda está no lamaçal, está sendo amassado, está na etapa das pedrinhas, na prova de fogo, ou quem sabe está fora do centro da roda.
A verdade é que uma vez separados, somos Dele, e se Ele é o Oleiro quem somos nós para questionarmos os seus métodos? Porque não nos redermos ao único que acreditou em nós, ao único que se importou ao ponto de “sujar as suas mãos” por nós? Melhor que resistir, é confiar completamente em Seu amor em Sua fidelidade. Ele não vai deixar o trabalho pela metade, e sem dúvida o resultado será maravilhoso como tudo que Ele faz.

Pai, me perdoe por querer me governar tantas vezes. Chega de resistir, de reclamar, de questionar, chega de sair do centro da sua vontade. Que seja como o Senhor quer e não como eu quero. Que se estabeleça em minha vida, em meu coração, nas minhas emoções, na minha vontade o teu senhorio. Tu és o Oleiro e eu o barro.

7 de abril de 2010

Abandono?

“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste”?(Mat 27:46)

A paternidade de Deus, sua essência que é o amor, nunca combinaram com esse texto em minha opinião. Como um Pai que é tão bom, pode abandonar o seu próprio filho no momento mais difícil da sua vida? Como pode se somar aos outros que simplesmente se esconderam e fugiram na hora da crucificação? Que amor é esse? Como se explica o Seu silêncio naquele momento? Por que o abandono? Foi o próprio Jesus que fez essa pergunta. Ele mesmo não entendia...
Sempre me ensinaram que esse abandono se deu pelo fato de Jesus levar naquele momento sobre si todos os pecados da humanidade, e não eram poucos. Por isso a comunhão entre o pai e o Filho havia sido interrompida. Em parte isso é verdade. Definitivamente Deus é Santo e não tem comunhão alguma com o pecado. Mas essa história de abandono eu não consigo engolir.
É verdade que o pecado nos afasta de Deus sim, mas NOS afasta de Deus. Não O afasta de nós.
A iniciativa da reconciliação desde o princípio foi de Dele.
Lembra que quando Adão pecou, tentou se esconder de Deus? Por causa da vergonha do pecado quis fugir. É óbvio que Deus já sabia o que tinha acontecido; mesmo assim veio ao encontro de Adão na virada do dia e uma vez exposto o pecado, o próprio Deus providenciou o primeiro sacrifício, “fez roupas de peles e com elas vestiu Adão e sua mulher” (Gen 3:21).
Deus nunca abandonou Jesus, assim como ele nunca nos abandonou. Precisamos lembrar que quando Jesus bradou “por que me abandonaste?” ele era totalmente Deus e totalmente homem. Estava sofrendo no seu corpo e na sua alma todos os males que afligem a humanidade. Estava sofrendo uma morte injusta e cruel, a rejeição e o abandono daqueles que caminhavam com ele e que se diziam seus amigos, a vergonha, a humilhação e a dor de ter seu corpo dilacerado e pendurado numa cruz.
O mesmo que tanto acontece conosco aconteceu com Jesus. Quantas vezes a dor que sentimos é tão grande que não nos permite ver o Pai ali perto. Sentimos-nos sós. Parece até que Deus foi dar uma voltinha, tirou férias, ou simplesmente está indiferente. Silêncio...
Acho que foi assim que Jesus se sentiu. Por um breve instante a dor pareceu maior que o amor de Deus por Ele. Naquele momento o Pai se tornou para Ele, Deus.
O problema é que a gente geralmente para por aí. Esquecemos que logo Ele tira os olhos da sua dor e vê o Pai novamente. Posso imaginar Jesus vendo o Pai ali perto olhando em seus olhos, acariciando seu rosto e dizendo “Estou aqui Filho! Está doendo em mim também, mas vai valer a pena!”. É quando Jesus o chama novamente de Pai e entrega em Suas mãos o seu espírito (Lucas 23:46).
Às vezes isso acontece comigo também. Tudo fica silencioso, quieto, olho ao redor e não vejo ninguém. Jesus!!! Cadê você? Pensei que estaria comigo sempre!!! Todos se foram... Até você?? Essa dúvida só dura um instante... levanto meus olhos e o vejo. Seu olhar é sincero, Ele realmente se importa. Ele sabe o que é se sentir só. Eu só precisei levantar os meus olhos, logo tive a certeza de que Ele sempre esteve do meu lado. Duvidar disso é duvidar do seu amor e de quem Ele É.
Por isso por maior que seja a dor, e por mais forte que seja a sensação de que estamos sós, maior é a certeza de que Ele SEMPRE está perto.

6 de abril de 2010

Família

“Se alguém não cuida dos seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente.”
I Tim 5:8


Lembro-me muito bem o dia em que vi esse versículo pela primeira vez na Bíblia. Estava vivendo uma mudança radical na minha vida. Meus hábitos minha maneira de pensar, de me comportar e até mesmo de me vestir estavam sofrendo mudanças. Deus havia começado sua obra em minha vida. Eu estava um caco por dentro, podre, totalmente destruída, vivendo de uma falsa aparência, mas por dentro meu espírito clamava por socorro, até que o Jesus veio ao meu encontro. Ahhh que dia lindo!! Nunca vou me esquecer. Mas essa história eu conto outro dia. Voltando...
Eu estava engatinhando na fé, faminta, sedenta, desesperada por conhecer mais esse Jesus, e foi nesse período que Ele falou comigo sobre a necessidade de amar mais minha família. Mais do que isso, de cuidar e zelar por ela.
Eu amava meus irmãos, meus pais, mas não conseguia demonstrar meu amor por eles. Tratava as pessoas de fora muito bem, conquistava a simpatia e o carinho de todos, servia qualquer um que precisasse de mim, mas quando chegava em casa não tinha a menor paciência. Generosidade então? Nem pensar! Não me importava se estavam bem ou não, se precisavam de mim. Eu tinha muito mais o que fazer e eles bem que podiam se virar sozinhos né? Queria ganhar o mundo para Cristo e não me dava conta de que os meus estavam se perdendo.
Até que um dia essa palavra atingiu o meu coração como uma flecha e mudou a minha vida. Comecei a ver minha família como meu primeiro ministério, como minha primeira escola prática de tudo que eu aprendia com Deus. Ele fez brotar em meu coração um amor tão grande por eles que nem sei explicar.
Quanta coisa mudou de lá pra cá. Quantos milagres o amor pode operar! Poderia listar aqui vários...
Jesus curou as feridas que nem eu sabia que tinha, restaurou os laços que as palavras, as ações e as omissões haviam destruído e nos fez uma família novamente, e não apenas um grupo de desconhecidos que se conhecem desde sempre.
Ainda estamos longe de sermos perfeitinhos, ainda nos estranhamos de vez em quando, ainda somos inexplicavelmente iguais e completamente diferentes. Mas hoje olho para eles como parte de mim e me esforço para que recebam o meu melhor antes de qualquer pessoa.
Infelizmente a hora de voltar para casa para alguns é a pior do dia. Ali, as máscaras, o sorriso político, a gentileza forçada são totalmente desnecessários. Mas como é bom poder chegar em casa e sentir uma atmosfera de paz, sentir que ali sim estamos acolhidos. Sentir que apesar de todas as lutas externas, de todas as pressões do dia-a-dia, temos o amor incondicional dos nossos.
Você é uma pessoa querida por todos, cheia de amigos? Que bom! Mas o que a sua família diz de você? Como seus pais, seu cônjuge, seus filhos, seus irmãos te descreveriam? De que adianta sermos bons para todo mundo se para os que nos conhecem de perto somos péssimos?
Não sei como é para você se relacionar com sua família mas se as coisas não andam muito bem,sugiro que comece a agir diferente hoje. Vamos parar de esperar que o outro comece, que o outro melhore. Isso pode não acontecer nunca! Tome a iniciativa...faça uma gentileza, um elogio, um carinho, cesse a reclamação, abra mão do direito de revidar, cale-se. Vamos lá, você consegue! No começo é bem difícil, esquisito até. A gente se sente meio tolo, mas logo, logo os frutos aparecem. E o melhor lugar de comer esses frutos é na nossa casa. É o primeiro lugar e o mais importante.
O amor derramado por Deus em um coração é capaz de cobrir todas as faltas e compensar todo tempo perdido.
Perguntaram a madre Teresa de Calcutá o que poderíamos fazer para promover a paz mundial.Ela disse: Vá para casa e ame a sua família.