4 de setembro de 2011

Deserto

O dia mau vem para todos. Não importa o quão consagrado, santificado, ungido, generoso e íntegro você seja é certo que o dia mau virá. Isso não tem nada a ver com pessimismo ou negatividade. É bíblico. Jesus ilustrou essa verdade naquela parábola que contava sobre a casa que foi construída sobre a areia e a outra que foi construída sobre a rocha. Nos dois casos desceram as chuvas, correram os rios e sopraram os ventos e combateram contra elas. A diferença estava no fundamento sobre as quais elas foram levantadas.
Aí está a chave que pode fazer do deserto a desgraça de uma pessoa ou apenas uma ponte para que ela chegue ao lugar que desejado, mas com o coração e o caráter corretos. O problema não é passar pelo deserto, mas é ser destruído por ele por ignorância ou por rebeldia, porque quem endurece o coração, não sobrevive ao deserto.

Pelo menos duas coisas importantes precisamos saber nesse processo: a primeira é que não estamos sós no deserto. Existe uma presença, que transforma qualquer paisagem seca em um lindo jardim, que sempre está conosco. Sua mão nos sustenta, nos alimenta, enxuga as nossas lágrimas, nos coloca no colo, nos dá direção, nos ensina. O próprio Deus nos guia e nos faz lembrar que somos amados. Ah o seu amor! É o analgésico mais poderoso que existe. Não há dor capaz de superar o amor de Deus. Por mais difícil que seja a situação a gente simplesmente não sente. Uma alegria sem cabimento nos evolve, a gente sorri, consola os que estão até melhores do que nós, suporta os fracos. Dele vem também uma força sem explicação, uma paz que excede a compreensão. As pessoas não entendem,pensam que estamos loucos,ou que estamos fingindo. Mesmo aqueles que passaram a vida pregando tudo isso se escandalizam com a nossa paz.
o amor transborda, o perdão flui, as forças se renovam, a esperança renasce todos os dias.Há uma graça.

Mas a segunda coisa importante que precisamos saber é que é uma passagem. Tão importante quanto depender de Deus durante esse período é ter consciência de que tem dia e hora pra sair dele. Não fomos feitos para habitarmos no deserto.
Algumas pessoas passam tanto tempo no deserto,que se acostumam com a sequidão e as situações adversas e se apegam a ele. Embaraçadas,com pena de si mesmas, fazem do seu deserto seu ídolo, sua razão de viver esquecendo de que Canaã é bem melhor. Deus não nos fez para uma vida de dor e sofrimento, mas nos dá graça para vencermos as aflições como Ele venceu o mundo. O deserto é uma fase e pode servir para nos fazer conhecer Jesus mais de perto, para forjar o nosso caráter, lapidar o nosso coração, amadurecer. Pode durar algumas horas, dias, meses, anos...
Sem dúvida, a nossa língua e atitude podem abreviar nossa passagem por ele assim como a murmuração, a inveja, a mágoa e a rebeldia nos afasta dos seus limites, nos faz perambular e passar mais tempo lá do que o necessário.
Infelizmente alguns acabam morrendo sem desfrutar o que aguardava por elas no final. Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que crêem e são salvos. Hebreus 10:39



Frutifique com o que você aprendeu no deserto. Avance, agora com sabedoria e velocidade.


" O deserto é do tamanho da nossa boca." Joyce Meyer