23 de agosto de 2010

O post que eu gostaria de ter escrito

Olá!

Esse texto eu li no blog do Ministério Livres para Adorar e foi escrito pelo Juliano Son, um cara jovem,apaixonado por Jesus e que ainda crê,vive e prega o Evangelho do Reino como ele é: simples e prático.Ele é portanto,para mim, uma referência nos tempos de hoje. Passo adiante essas palavras como se fossem minhas. Espero que gostem.

Anna Raquel

Seja feita a sua vontade


Oprimir o pobre é ultrajar o seu Criador, mas tratar com bondade o necessitado é honrar a Deus”.Provérbios 14:31

"Agora, quanto aos nossos, que aprendam também a distinguir-se (serem diferentes) nas boas obras a favor dos necessitados, para não se tornarem infrutíferos".Tito 3:14

"Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado".Efésios 4:28



Se ao tratarmos o necessitado com bondade honramos ao Senhor; se as boas obras a favor dos que precisam nos tornam frutíferos e; se aquilo que recebemos como salário do nosso trabalho é também para ajudar o que carece, então devemos ser despertos ao fato de que toda necessidade é uma OPORTUNIDADE para honrarmos a Deus. Precisamos despertar ao fato de que toda necessidade é uma oportunidade para sermos frutíferos e que toda necessidade do outro é uma oportunidade para demonstrarmos que não somos mais ladrões, mas, de fato, novas criaturas!
Apesar de todas as dores que testemunhamos neste ano, a Igreja nunca teve tantas possibilidades para ser Igreja.
Vez após vez, em 2010, o Senhor deu à Sua Igreja a oportunidade de honrar o Seu nome sobre toda dor, sobre toda morte, sobre todas as tragédias. Vez após vez, após vez, após vez e após vez!
E, portanto, ao invés de gastarmos tempo tentando encontrar os porquês disso ou daquilo, ao invés de gastarmos tempo condenando e dizendo que a dor foi devido a esse ou aquele pecado, nós, como Igreja, deveríamos nos levantar prontamente para mostrar ao mundo que o Amor é real, que o Amor é verdadeiro e que Ele se importa! Nos levantar e mostrar ao mundo que o Amor, além de ser real, habita no meio de nós, assim como pregamos!
(Existe prontidão no amor. O amor não é lento. O amor é ágil! Eu não espero perder quase todo o meu sangue para ir a um hospital. Se eu me acidento, eu parto de imediato. Eu não sou lento no cuidado aos meus filhos, eu socorro prontamente. Por que? Porque eu os amo! E porque o amor está sempre em alerta. O amor está sempre de prontidão)
O Senhor Jesus nos ensinou uma oração, a oração que nós chamamos de “Pai Nosso”. E na ocasião, o Senhor foi proposital na escolha de todas as palavras que compõem essa oração. Ele escolheu cada palavra, cuidadosamente, a fim de nos revelar o coração de Deus.
E ele poderia ter nos dito: “Olhem, quando vocês se aproximarem de Deus, digam o seguinte: ‘Ó excelso, majestoso e sublime criador dos céus e da terra’”. Ele poderia ter nos ensinado assim.
Mas, ele não fez isso! Dentre todos os termos que ele poderia ter escolhido, dentre todas as denominações possíveis, ele nos disse o seguinte: “Quando vocês orarem, quando vocês se aproximarem de Deus, digam: 'Pai'”. Digam Pai. Se aproximem como filhos.
E ele não parou por aí; Jesus complementou dizendo que, o Pai, era nosso!
Ele não nos ensinou a orar "Pai meu", mas "Pai nosso”!
O Senhor nos revelou que a primeira coisa que nós precisamos saber de Deus é que Ele é Pai; alguém presente, acessível, amoroso. E, logo em seguida, a segunda coisa que Ele nos revelou é que nós estamos, necessariamente, inseridos numa realidade comunitária e não individualista, onde fazemos o que bem queremos, quando queremos, para nós mesmos. Não!
Não é Pai meu, é Pai nosso!
Não é pão meu, é pão nosso!
Não é pecado meu, tentação minha, inimigo meu, mas é pecado, tentação e inimigo nosso!
E por conta disso, a dor do outro não é do outro! A dor do outro é nossa! O choro do outro é o meu choro! O lamento do outro é o meu lamento. A perda do outro é a minha, é a nossa perda!
Percebamos, também, que o Senhor nos ensinou a orar, na oração do Pai Nosso, por Sua vontade.
Ele nos ensinou a orar: “Seja feita a Sua vontade”.
Permitam-me dizer que é inútil orarmos “Seja feita a Sua vontade” se não estamos dispostos a ser o canal através do qual a vontade do Senhor é feita. É inútil orarmos “Seja feita a Sua vontade” se não estivermos dispostos a realizar a vontade de Deus.
Jesus, antes de ir para cruz, lá no Jardim do Getsêmani, orou “Seja feita a Sua vontade”. Clamou para que se fosse possível o cálice lhe fosse afastado, do contrário, que fosse feita a vontade do Pai.
Jesus pôde fazer essa oração porque ELE estava disposto a fazer a vontade do Pai.
O “Seja feita a Sua vontade” não é uma oração onde dizemos ao Senhor: "Olha Deus, agora o Senhor se vira!" Não! “Seja feita a Sua vontade” é também uma oração de sujeição. É uma oração de submissão à vontade de Deus. Consequentemente, a oração do “Pai Nosso” é a oração dos “Filhos Dele”, pois os filhos são aqueles que, reconhecidamente, se sujeitam à vontade do Pai.


Senhor, sobre a dor dos meus irmãos chilenos, sobre a dor dos meus irmãos espalhados por todo Brasil e mundo, oramos, seja feita a Sua vontade. Traz esperança! Traz auxílio! Traz cura! Traz comida ao faminto! Veste o que está nu! Veste o que tem frio! Que o amor seja palpável! Que eles possam tocar e serem tocados pelo amor!
Estamos aqui orando por Sua vontade e nos sujeitando a ela. Se a Sua vontade é a vontade da graça; se o que mais Te representa é a misericórdia, a compaixão e o amor, então, estamos aqui para ser misericórdia, compaixão e amor!
Eis-nos aqui! Usa-nos para a Tua glória!


Amém.

4 de agosto de 2010

A beleza do serviço

Temos muito que aprender com Jesus. Sem dúvida Ele é o nosso maior exemplo e mais do que imitá-lo nosso desejo deve ser conhecê-lo, ouvi-lo, aprender com ele a ponto de nos tornarmos semelhantes.
Uma das características que mais me impressiona e me constrange no comportamento de Jesus é a sua disponibilidade.
Ele estava sempre disponível. Já naquela época isso era tão raro, nos dias de hoje nem se fala. Não devia ser fácil. Aquela multidão o seguia aonde fosse. Todo tipo de enfermos como leprosos, paralíticos, cegos, surdos, pessoas perturbadas, oprimidas, desesperadas e tristes de todas as partes buscando alívio, atenção e solução. Cada um carregava seu drama, sua história, suas marcas. Imagino a barulho que eles faziam. Para muitos, o tal Nazareno era a última possibilidade, por isso era preciso andar rápido, gritar, se fazer notar, subir numa árvore, o que fosse.
Jesus quando se deparava com essas pessoas se compadecia. Não dava pra agir indiferentemente, não dava pra mandar voltar outro dia, para pensar em descanso. Servia a todos com amor. A ninguém se negou. Nunca colocou suas necessidades físicas à frente das pessoas, mas servia, servia, servia.
Ensinava, curava, pregava,alimentava, amava, ouvia,chorava, caminhava de cidade a cidade. Totalmente homem e totalmente Deus.
Esse era o seu ministério: servir em todo o tempo.
Eu poderia citar muitas ocasiões incríveis onde ele nos deu o exemplo do serviço, como quando ele recebeu a notícia que João Batista havia sido decapitado. Ele queria ir para um lugar deserto, quem sabe chorar, mas as pessoas ainda o seguiam. Quando “viu tão grande multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes.” Mateus 14:14. Mesmo diante da dor da morte trágica e injusta de seu primo que o havia batizado, ele escolheu servir.
Outra vez, quando estava perto de morrer, em sua última ceia com os discípulos Ele fez algo inesperado. “tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura.” João 13:4-5.
Eu imagino que para os discípulos essa noite deve ter sido inesquecível como foram as suas palavras. “Eu lhes dei o exemplo para que vocês façam como eu fiz” vers. 15.
Mas para mim, a situação mais surpreendente aconteceu depois da sua ressurreição. Os discípulos decidiram pescar (João 21) e não pegaram nada a noite inteira. Quando voltaram à praia encontraram Jesus. Mesmo cansados depois de uma exaustiva e frustrada noite, atentaram para o que Ele lhes dissera: “lancem a rede do lado direito do barco”. Dito e feito! Lá estavam os peixes e mal podiam carregar tal era a quantidade! Mas não acabou ainda. Jesus, atencioso e gentil, ainda preparou o alimento e os serviu, pode? Se em algum momento eles duvidaram de que era mesmo Jesus, agora a dúvida se fora. Aquele era o Jesus que eles bem conheciam, com quem eles caminharam, conviveram e descobriram a beleza do serviço.
Se o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, serviu com simples e nobres gestos, como cozinhar e entregar sua própria vida, quem sou eu para agir diferente? Ainda tenho muito que aprender.


Jesus, quanto mais te conheço mais te admiro, te amo e desejo parecer com você. Mais ainda, percebo que há muito a fazer. Preciso seguir seu exemplo. Servir nas pequenas e nas grandes coisas. Me doar, amar, ouvir, servir, servir, servir. Peço sua ajuda, seu toque. Não me deixe perder as oportunidades, antes peço que as multiplique. Sim, porque aprendi com você que dar é muito melhor do que receber e que não sou maior que o meu Senhor. Tu és meu amigo, meu Amado, meu Mestre e eu sou tua escrava por amor, tua serva e discípula, para sempre.